domingo, 15 de maio de 2011

Sob medida.


Dois corações, duas mentes diferentes, corpos ainda mais diferentes. E ainda assim tão iguais. Sangue do mesmo sangue, uma só história; duas vidas. Bênção dos Céus, anjos da guarda, demônios pentelhos particulares, chame do que quiser. Mas eu chamo de irmão. Proteção imaculada, um verdadeiro amuleto da sorte, daqueles que nunca falha. Caixa dourada de conselhos sagrados, certeiros; perfeitos. Sorte de quem tem, e ainda assim, nenhum chega aos pés do meu presente. Ele é moldado para todos nos qual se relaciona hoje. Perfeito, tudo que toca vira ouro; ou quase isso. Dono de um sorriso cínico e ainda assim, puro. Dono de um coração generoso, que sabe pensar, pesar.

O que seria de nós, irmãs caçulas, sem o mais velho? Sem as palavras certeiras para o nosso pensamento errôneo? Agradecer é só o que eu quero, e de pedido só peço que, de onde quer que ele esteja, em boas condições esteja. Porque ruim mesmo é deixar partir, e quando parte, só me resta colocá-lo nas mãos de Alguém que eu sei que é o único confiável. E pior ainda é assistir um coração tão bom ser quebrado e mesmo assim não poder consertá-lo. É dor compartilhada. É ver uma expressão, uma ruguinha sequer no lugar errado e pimba! Já se sabe que de tudo bem ele não está. Conhecer, se adaptar; conviver. É colher suas próprias sementes para florir o jardim do lado. É fazer com que nenhum laço que venha ser parecido seja igual. 

Se bem que tudo está atrelado. A vida escolheu, e olhe que escolheu bem. Veio sob medida. Do jeito que eu preciso, que é pra não me faltar nada. E não há de faltar para nenhum dos dois lados.

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