quarta-feira, 20 de abril de 2011

Who could deny these butterflies?



Não se trata de bipolaridade, tampouco falsidade. Vontade mesclada com cansaço, um pouco de força interior e mais duas xícaras de atitude. É tudo questão de atitude. Transforme-se, se acha necessário. Vou contra aqueles que dizem que, não importa do jeito que você foi transformado no que hoje é, agora faz parte de você para sempre. Sempre há um novo começo. Consertos, suturas; segundas chances. Se está errado, transforme em certo. Se tem jeito, faça correto dessa vez. Só não há jeito para a morte, meu bem, é o que dizem. Afinal, Aquele dos Céus já dizia: tudo passa. E passa mesmo. Sou a favor de tudo que causa sorrisos, mesmo que seja errado. Quem pode negar essas borboletas? Nunca se arrependa de nada que lhe fez sorrir. Um café da manhã com alguém que lhe trás a tranquilidade de um campo mesmo que você esteja numa cidade grande. Pequenos passos, pequenos gestos, grandes efeitos. É aquele vento no rosto e a estrada passando em frente aos seus olhos que resulta naquela sensação que tudo está nos eixos. Quem disse que não se pode voar? Mergulhe nessa utopia, se lhe convém. Aquele abraço que liberta tudo que você precisa por pra fora, aqueles dedos que mergulham devagarinho entre seus cabelos, que causa aquela sensação gostosa até que feche seus olhos. No fim, tudo isso se resume a momentos em que você não está sozinho. Mas são sentimentos que lhe trazem de volta pra casa. 
Funciona para mim, e para você? O que funciona?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Go Ahead.


Trabalho pesado, realidade insana. Porque a caminhada é longa, e como é. Só hei de saber que, quanto mais vezes cairmos, mais forte voltaremos. Isso se torna fácil quando, num momento difícil, a unica opção seria essa. Seguir em frente. O tempo não espera sentado enquanto você recolhe pedaços. Ele não dá batidinhas nas suas costas para que tudo passe mais devagar enquanto você sofre ou levando tudo que você queria que ele deixasse. Ele também não leva você pro seu futuro desejável e nem para um bis quando o encontrar em nostalgia.

Ele vai levando de pouquinho em pouquinho toda a sua essência. Este, ou prolonga ou encurta as coisas, dependendo do que seja. Regulador, às vezes ajudante, às vezes mafioso. E certeiro. Ele sabe o que faz. Ele deixa, na verdade, que você lide com tudo o que se sente. Você só recebe a cruz que pode carregar. E ainda é do sofrimento que se consolida sua caminhada e aprendizados. A dor mostra, além de que você está mais vivo do que nunca, que você é muito mais forte do que pensa. E que só sabemos disso quando ser forte é a unica opção que resta.

domingo, 10 de abril de 2011

Nobody told me.

A vida tem um jeito engraçado de moldar você. Digo, ela cria situações, destinos e interferências. E então põe pessoas nesse meio. Pessoas que irão machucar você, para que você perceba que tudo não é um mar de rosas. Para que você perceba que você tem valor e jamais será enganada novamente daquele mesmo jeito. Para que você saiba que está sujeito a dores que jamais imaginou. Para que você perceba, também, que você está tão vivo quanto alguém tão machucado quanto você que em qualquer lugar, viu. E a vida também coloca pessoas para ajudar você. Que, embora não perceba, estes, anjos da guarda, são. Pessoas que te guardarão como um tesouro precioso, e o ajudarão a sair de lugares onde você não deveria estar ou tomar a decisão certa quando o encontrar em situações em que precisará de paciência para resolução. Ela colocará também pessoas para amar você. Amor de todos os jeitos. Um deles pode ser um alguém que, num dia chuvoso, não se importe de passar o dia ao seu lado apenas vendo um filme debaixo do cobertor. Alguém que dividirá um sorvete com você num dia muito quente, ou então, mesmo vendo que você não está num dia muito bom, apenas abraçará você por um momento e dirá que tudo vai ficar bem.
São nas pancadas do dia-a-dia, dos machucados que lhe farão e das pessoas que os curarão que você vai se transformando, na verdade, o que fizeram de você. Aos trancos e barrancos, aos remendos e suturas, porque a vida não mima ninguém.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Hard things.


Ela parece calma. Serena e tão brilhante como a noite. Sensatez é o que ela vem procurando para usar como seu critério. Para quê? Mais um segundo e ela jogaria tudo para cima, mas dessa vez não tem nada de "se voltar, é seu". Que vá e fique lá, aonde nunca deveria ter saído. Tais frases de vida, lições que vem sendo oferecidas por todos os lados não fazem mais aquele mesmo sentido. Talvez, apenas talvez, o nome disso tudo possa ser fadiga. Ela só não consegue dizer exatamente aonde incomoda, já que não é tão específico. Nada de coração, porque a maior dos seus cansaços é de continuar a dizer que essas dores são no coração. São esses dias em que seu poeta romântico, incurável e insensato está tão quieto que ela duvida se ele ainda a habita. São dias racionais, ela decide. Dias em que toda a magia do desejo vai embora adotando a máscara de desnecessariedade, e ela se aqueta, para que ninguém incomode o lado abatido pela realidade dura que a preenche por inteiro. São dias raros e, por isso, são especiais. Assim é mais fácil de conviver com seus fantasmas, com sua própria ignorância. Não é nada de tristeza, ela não parece abatida. Também não está com aquele sorriso mole que contagia, ou então adotando seu "Free Hugs" de sempre. Nem mesmo boêmia, como sempre está quando as situações pedem. Está quieta, os olhos estreitos e desconfiados. As feições de uma bailarina, concentrada, adepta ao que foi induzida a ser neste dia.
É o tempo perfeito para que ela não se perca nas suas ilusões do dia-a-dia, força para enfrentar o próximo é o que ela guarda num pote sagrado. Então, uma dose de realidade pura, por favor.

domingo, 3 de abril de 2011

Dream On


Vira, remexe e não há como desviar. Mesmo depois da meia-noite, mesmo depois de completar a couple hours de que me acomodei com a melhores das intenções: dormir. Apenas fechar os olhos e num mundo em que o subconsciente o povoa sem as boas intenções, o próprio V de vingança é carimbado. Aquilo que, ao longo das horas em que acordada passo, tratei de empurrar e trancafiar no mais fundo dos baús mentais e que logo vem sendo pintado à cores tão vivas e intensas que me pergunto se estou mesmo sonhando. Desejos  mais sombrios, daqueles que ninguém jamais saberá, daqueles que nem eu mesma tratei de detalhar. Um emaranhado cru e verdadeiro. Uma pitada de imaginação, uma outra - bem pequena - de realidade e mais uma de pura emoção. A receita perfeita para uma vida real imaginável, atrativa e desejada por meu lado mais íntimo, mais profundo. 
Tudo isso num lugar onde eu encontro a paz que falta no dia-a-dia. De olhos bem abertos, a luz apagada faz com que o breu do quarto apertado e mau iluminado adquira as formas daquilo que desejo, daquilo que sinto falta, mas que na verdade nunca nem tive. O cenário perfeito para as loucuras e, perdida num emaranhado de desejos maus realizados e combinações de realidade e ficção, tudo acontece de uma só vez. Perfeito, claro e planejado, exatamente do jeito que tem que ser, mas que nunca foi. À noite, na hora de dormir, é onde tudo acontece. Ou frio ou quente, morno eu vomito, dizia minha mãe. Mas morno era a temperatura daquela sensação, perfeita e sublime, exatamente como o suspiro inconsolável que foi abafado pelo travesseiro enquanto a mente trabalhava arduamente na porção de desejo realizado e desiludido por anos a fio construído.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As coisas passam.



"E o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida."